Dizem que ela está ali desde a feira-livre, servindo na montagem das barracas e tendas que eram espalhadas pelas ruas do centro da cidade. Se contar da data da última grande feira, aquela retirada nos anos 70 do século passado, pelo então prefeito José Falcão, são mais de 40 anos dessa pedra aí no coração de Feira de Santana na praça do Mercado de Arte Popular (também chamada J. Pedreira….) entre a Marechal e a Sales Barbosa, perto do Abrigo Predileto, na grande avenida do BRT, a Getúlio Vargas….Essa pedra é um patrimônio! Everaldo Goes, jornalista, irônico, ferino, diria, não diga isso, senão eles vão lá e destroem! mas eu tenho que dizer porque se destruírem estará dito para que o crime seja conhecido!
Dizem é sempre uma palavra irresponsável…não há como provar que tenha essa pedra servido a verdureiros, vendedores de caldo-de-cana, de louça de barro, de fumo-de-corda, de couro de bode, de chapéu de couro, de trempe pra fogão, de roupa de brim, a cordelistas, folheteiros, à inumerável fauna profissional daquela feira-livre que Jean Paul Sartre viu e, dizem (isso é muito perigoso, quase fake news!!) chegou até a comprar gado para seu amigo Jorge Amado criar em fazendas de cacau no sul da Bahia…o povo de Feira inventa muito acerca dessa visita do filósofo francês…Marcelo Silva coleciona histórias ouvidas na Marechal sobre essa visita….teria o existencialista sentado nesta pedra?
foto de Luiz Tito
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