Certo dia, em 1991, um colega professor da UEFS me apresentou um jovem pesquisador Italiano que queria conhecer as periferias de Feira de Santana e a Zona rural, solicitando que eu o acompanhasse.
Ao chegarmos numa casa bem pobre, no distrito de Maria Quitéria, no quintal tinha um pé de manga e um de jaca super carregados. Um nenino da casa estava no alto do pé e desceu com uma jaca mole nas mãos.
Abriu a jaca enorme e nos convidou ao banquete.
Quebraram uns gravetos e nos deram para servir de garfo. Comemos à vontade e ainda sobrou favos, entregues com casca e tudo para as galinhas do terreiro.
Dali pra frente o italiano não compreendia mais porque no Brasil tinha fome, por mais que eu explicasse.
A dona desta casa visitada ainda hoje é minha amiga e vende seus produtos da roça sentadinha na pedra, na feira do bairro Cidade Nova.