“Uma ponte solitária
Feito donzela sem sono
Com o coração a espreita
Do seu verdadeiro dono
Olhando o tempo passando
Vendo seu rosto enrugando
No espelho do abandono”.
Em companhia do repórter fotográfico Reginaldo Tracajá, do engenheiro civil Jaime Cruz e do jornalista Jânio Rêgo, fui aos limites dos municípios de Feira de Santana e Coração de Maria, exatamente no leito do Rio Pojuca, região da Matinha, próximo ao povoado da Linha.
Eu não tinha noção da beleza geográfica desse rio e daquela região. Sem contar com a “cereja do bolo”, a história ou as histórias que este recorte geográfico guarda, sem se dar conta, talvez.
Aliás, esse é o objetivo da viagem, reportar um pouquinho dessas histórias que se entrelaçam com a história de *O trem que nunca chegou*, título do meu próximo cordel, solicitado pelo inquieto jornalista Jânio Rêgo, a quem muito se deve esse achado e os que dele se derivam.
Romildo Alves é escritor, poeta, cordelista, graduado em Letras pela UEFS é autor de uma dissertação sobre o poeta popular Chico Pedrosa
Confira a série completa: O trem que nunca chegou na Feira
Belíssimo trabalho jornalístico cultural meu nobre. Permita-me apenas uma pequena observação acerca de direção/sentido. Ao invés de ” nunca chegou “, ficaria mais elucidativo dizer: ” o trem que nunca passou de Feira “, haja vista que esse trem chegava sim a Feira de Santana, vindo do sul. Só não continuou seu trajeto em direção ao norte, conforme projeto inicial, ficando aí essas obras inacabadas.
Um sincero e respeitoso abraço!