Formamos um grupo de Zap que atravessou incólume às polarizações e à pandemia e chama-se fixamente de “Map Machado do Beco” numa alusão nada sutil aos locais onde eventualmente foram ou vão os oito, quase todos jornalistas, conectados nessa rede. Então, no último encontro presencial estávamos cinco.
GUIDO GUERRA – trabalhei junto com “chefe Guido” na assessoria de imprensa de uma secretaria dessas da vida de jornalista na capital além de já conhecê-lo da Djalma Dutra das Sete Portas, cafezinho de Pépe, porto seguro das redações de pelo menos dois jornais, ele de um eu doutro, que funcionavam no prédio defronte. por último estivemos juntos no “jornal de Pedro Irujo”, no Rio Vermelho, ele produzindo textos que deliciavam os chargistas e ilustradores das edições de domingo, um poeta da prosa, não mais escrachado ou devasso. Literatura afeita ao colega e amigo Andre Pomponet.
ESQUERDA – para o amigo Wilson Mário Silva um da Coleção Mossoroense, “OS REVOLTOSOS EM SÃO MIGUEL”, livro de pesquisa sobre a passagem da Coluna Prestes no Rio Grande do Norte, em 1926, na serra de São Miguel ou do Camará, escrito por Raimundo Nonato um norte-riograndense que se notabilizou pela extrema acuidade memorialística que revelou logo no seu livro primeiro de maior sucesso, hoje fonte primária referencial, intitulado “Memórias de Um Retirante”, minucioso relato dos hábitos sertanejos do início até meados do século passado vividos, por ele próprio, entre a serra de Martins e Mossoró.”Os Revoltosos em São Miguel” é uma pesquisa dele, professor Raimundo Nonato, que nesse tempo da Coluna já se encontrava em Natal e “quase” assistiu a passagem dos “revoltosos” pelo município serrano da zona oeste do pequenino estado do RN pois fora nomeado para ser professor naquela cidade e recusara poucos dias antes dos episódios que ele narra baseados em documentos e registros orais. Nonato era amigo contemporâneo de Câmara Cascudo, Vingt-un Rosado, com os quais trocava correspondências que também se tornaram livros importantes do RN. O jornalista e amigo Wilson Mário tornou-se um especialista nos movimentos de esquerda no estado da Bahia, principalmente nos “anos de chumbo” da Ditadura Militar pós 1964. Não apenas pelo interesse de ofício, com reportagens publicadas em veículos que criou e/ou onde trabalhou, mas pelo viés acadêmico, em teses universitárias especializadas. A pesquisa de Nonato de alguma forma lhe servirá.
IMAGENS – Quase um livro de arte. Com um papel adequado às cores e um design mais elegante na distribuição do conteúdo textual seria um totalmente.Nao conheço o autor pessoalmente e ele, o livro, me chegou pelas mãos prestimosas da Fundação Senhor dos Passos. A diversidade de olhares e imagens com detalhes do casarão e seus símbolos arrolados em um único ensaio tem sabor de ineditismo. E principalmente por causa das fotos, de todos os ângulos e funcionalidades, além das fiéis ilustrações a bico-de-pena (tudo, infelizmente, em P&B…) é que esse “FRÓES DA MOTTA – NA HISTÓRIA POLÍTICA E NO DESENHO URBANO DE FEIRA DE SANTANA”, sai da minha biblioteca para a guarda e usufruto do fotojornalista Luiz Tito
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