Está no site da Prefeitura de Feira de Santana a última lista de inscritos para o “Minha Casa Minha Vida”, do ano de 2016… Foram tempos em que a cidade tornou-se uma das “campeãs” do país no combate ao déficit habitacional através desse programa governamental que o presidente Lula promete agora reativar. Dados sobre o déficit nacional apontavam, ano passado, para cerca de 6 milhões de moradias. Em 2010 aqui em Feira falava-se em 30 mil famílias precisando de casa própria. O setor de construção civil sempre foi muito forte. A cidade tem crescimento horizontalizado. As novas habitações populares do MCMV em Feira espalharam bairros, criaram outros, e ocuparam terras que antes faziam parte do território rural. De uma canetada, o então prefeito Zé Ronaldo mudou o mapa da cidade e integrou localidades, antes povoados, a bairros periféricos. Leis municipais foram criadas ou modificadas, alvarás facilitados, tudo para não paralisar a onda que crescia. E a cidade cresceu, não só em geografia populacional mas em complexidade social. O MCMV, política e economicamente agradou a todos os governos envolvidos. Na última campanha eleitoral municipal, já sem o programa em cena, o atual prefeito Colbert Filho acenou que iria impulsionar os términos das moradias rurais começadas e interrompidas, reformar 50 mil casas. Eleitoralmente a zona rural não respondeu como esperava o grupo ronaldista, mas obviamente não foi por isso que a Prefeitura não iniciou um programa de habitação rural desse porte. Veio pandemia, obstáculos, eleições. O momento talvez seja agora, com o retorno do programa federal.
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