A vitalidade criativa de Franklin Maxado (e também de outros poucos poetas resistentes) não deixa o Cordel se apagar da cena cultural de Feira de Santana. Dessa vez o poeta, advogado e jornalista, publica o folheto “O Rei Pelé encantou-se e já baixa no Candomblé, na Umbanda e sessão Espírita”.Trinta e duas sextilhas de pura rima, brincadeira e admiração com a figura do “Rei do Futebol”, um dos seres humanos mais conhecidos do Planeta.
Pelé virou um vodum
ou então um Orixá,
que é uma Divindade
que serve pra nos guiar.
Agora é Senhor da bola,
Protege quem quer jogar
Franklin começou a produzir literatura de cordel em 1975. Tem hoje mais de 500 títulos de sua autoria. Sua marca no Cordel é assinar o seu sobrenome MaXado com “X” que adotou por diversas razões, uma delas cabalística: “Consultei o poeta José Aras e ele somou os arcanos das letras e achou que escrito com X me daria sorte”, conta o poeta na contracapa do folheto com Pelé.
E esse culto a Pelé,
como Santo ou Orixá
somente irá pra frente,
como se pode esperar,
Porque Pelé é um astro,
Que mais e mais brilhará.
No Japão, China e Coréias,
Pelé já é quase um Buda.
Tem conduta positiva,
joga com a alma desnuda.
Tem determinação firme
E seu caráter não muda.
O folheto de cordel de Franklin Maxado, o Nordestino, está à venda no Mercado de Arte Popular, na banca de Jurivaldo Alves.
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