Em Ribeirão Preto eles chamam de “O Quadrilátero“. A loja tal, tal empreendimento está “no Quadrilátero” é informação destacada e referencial no imaginário coletivo. Trata-se de um traçado abrangendo os principais pontos do centro mais antigo da cidade, tais como o Teatro, vizinho à cervejaria Pinguim, a Catedral Metropolitana, o mercadão, e diversos outros orgulhos da Ribeirão moderna. É uma área grande, “uma cidade dentro de uma cidade”, alguns dizem, tão importante ela é para a vida município. Plano Diretor, Lei dos Uso do Solo, tudo discute e diferencia o Quadrilátero. Sem olhar detalhes culturais, Ribeirão desperta comparações com Feira de Santana. Bastando dizer que tem um Anel de Contorno e uma zona rural com quase a mesma quantidade de distritos e povoados que temos por aqui e a mesma perceptível influência do campo na vida cotidiana da população. Falo daquele provincianismo que eles lá cultivam e nós aqui tentamos fugir dele. O Quadrilátero de Ribeirão é lei municipal, “pilar de desenvolvimento” num município que preza o conceito de “cidade inteligente (smart city)”. O Quadrilátero é uma das medidas que Feira de Santana pode estudar para preservar, ativar e impulsionar o seu maior centro comercial, apesar da expansão urbana e do surgimento de núcleos comerciais periféricos com as inevitáveis aberturas de novas avenidas. Um traçado preservacionista do tipo Quadrilátero em Feira abrangeria, no mínimo, a Matriz, o Cuca, MAP, igrejas dos Remédios, Senhor dos Passos e o Paço Maria Quitéria. Sem falar do Casarão e Praça Fróes da Mota e nem o prédio da Câmara dos Vereadores que está ali perto e a quem compete disparar a discussão comunitária para as mudanças de paradigmas.
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