Quem passou a infância pelo patamar da São Vicente tem o cangaço implantado no HD. A história da rota batida do grupo de Lampião no rumo de Mossoró, seu Manoel Duarte, herói vivo, sentado na cadeira de balanço ali perto, na calçada, silencioso, no alto da capela as marcas dos tiros na torre esguia. As conversas entravam pela noite se o grito dos pais chamando pra dormir não ecoasse pela avenida deserta. Honorio de Medeiros tornou-se expert e criterioso pesquisador do Cangaço. Agora nos chega Lúcia Rocha com esse livro sobre o Prefeito que tantos admiravam, inclusive Marcos Porto, outro do Patamar, que colocou o nome de um filho, Rodolfo Porto.Assim que chegar em Mossoró eu adquiro em Chimbinho.
Lúcia é uma jornalista inquieta e profissional carismática. Praticamente, de fato, a conheci aqui na Bahia. Sexta-feira à noite em Salvador ‘me aparece’ ela na Redação do jornal, no Rio Vermelho. Ela e uma assessorada, ninguém menos que a a menina baiana Mara Maravilha, em plena ascenção e vigor artístico. O fechamento das edições (era o início da informatização) parou. Lucia e Mara fizeram a festa com editores, redatores, até a turma da gráfica subiu pra ver e ouví-las. A Redação tinha dessas. E descolaram uma página com direito a ensaio fotográfico e chamada de seis oito colunas na primeira do jornal mais descolado de então. Viva Lúcia!
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