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André Pomponet
terça-feira, 7 de janeiro de 2025 / Publicado em Colunistas, Home

A fumaça eterna na Queimadinha

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No final da tarde de sábado fazia uma calor sufocante. O sol preparava-se para mergulhar no horizonte. Típica tarde de verão. Quem olhava na direção da lagoa do Prato Raso, ali na Queimadinha, no entanto, ficava com a sensação de que a vegetação estava coberta por uma névoa, dessas que se vêem no começo das manhãs de inverno. A ilusão, porém, desfazia-se rápido, porque a suposta névoa mudava de forma rapidamente, revelando-se com uma espiral de fumaça.

Nesta época do ano é comum se ver espirais de fumaça pela cidade. É fruto do calor, que costuma alcançar os 40 graus de sensação térmica. Mas aquela fumaça, porém, não é eventual. Há quase dois meses ela desprende-se do solo e encobre o casario da Queimadinha.

À noite, trafegando pela Avenida José Falcão – que fica do lado oposto ao foco de incêndio, junto à lagoa – é possível sentir um forte cheiro de queimado. São fios, plásticos ou outro composto químico qualquer? É provável. O certo é que o cheiro denso provoca mal-estar em quem trafega de carro, mesmo com os vidros fechados. Imagine quem mora no entorno e é forçado a respirar aquela fumaça o tempo todo.

Vendo a cena dias a fio, lembrei de Prometeu – o da mitologia grega – e do fogo eterno. Não se vêem as chamas na Queimadinha, mas por lá desprende-se uma espécie de fumaça eterna. Começou em novembro, atravessou todo o mês de dezembro e segue no novo ano, firme e forte.

O problema é prático, mas algumas indagações sempre surgem. Como é que numa cidade do porte da Feira de Santana não se consegue apagar um fogo que atormenta parte da população? Se fosse em área nobre o foco já teria sido controlado? A quem os moradores devem recorrer para resolver o problema? Confesso que não encontrei respostas.

Não é de hoje que a população feirense pena com a inação na área ambiental. O desprezo pela natureza aqui sempre foi ostensivo. Mas, pelo jeito, está piorando. É comum a população celebrar, ironicamente, aniversário de buraco. Talvez, lá adiante, a fumaça no Prato Raso passe a figura no rol dessas anti-celebrações.

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana.É colunista do Blog da Feira.
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