
Sentado no banco defronte à Banca de Jurivaldo, Mercado de Arte, eis Peeca de Bonfim de Feira, companheiro de infância de João do Genipapo, dona Zabé do Poço, o samba, os presépios de barro, tudo ele lembra. Vendeu garapa na feira livre da Feira, vendeu pão, trabalhador baiano. Enquanto ele fala com alguém eu o clico e só depois, eu me aproximo para o abraço de sempre. Sempre no Centro antigo da Feira, Salles, Marechal, e na Banca de Cordel. A primeira foto que fiz de Peeca a Banca de Jurí ainda era perto do outro mural, o masculino, do admirável artista Juraci Dórea. Essa foto, o artista visual Jean Lima a aquarelizou lindamente. Realçou e acendeu a curiosidade sobre o homem da foto, até então anônimo pra mim, elegante, chapéu, paletó, guarda-chuva, observando os títulos dos cordéis. Quem é? Não perguntei, não inquirí nem Jurivaldo nem frequentadores. Passaram-se anos, um, dois, não sei, lá um dia, óia ele aos meus olhos, no Centro. E daí em diante, o encontro sempre, sempre no Centro. Tem filhos sempre próximos e prestativos e uma vida autônoma,me transmite, consciente do tempo. Ele me inspira permanências. Grande abraço, Peeca, até o próximo encontro.
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