
Depois de ser acolhido por ACM Neto e Bruno Reis em Salvador, Colbert Filho saiu da habitual discrição e silêncio em relação às suas relações políticas com Zé Ronaldo e descascou o abacaxi pra todo mundo entender. Sem se dirigir nominalmente ao atual Prefeito, o ex-vice de Ronaldo e depois Prefeito eleito, disse ao repórter Miro Nascimento que se sentia injustiçado pelo grupo ronaldista. “Me considero injustiçado por um governo que eu ajudei a ganhar, um governo que trabalhei, que todos nós trabalhamos. Não foi um trabalho individual. 1070 votos e a gente teria segundo turno. Se houvesse segundo turno poderia não ter a eleição que tivemos”, disse, referindo-se à eleição do ano passado.
É fato que tão logo ganhou a eleição Zé Ronaldo fez sucessivas tentativas não só de “descolar” mas de romper mesmo, publicamente, com Colbert. Conseguiu passar a imagem de “herança maldita” em algumas situações administrativas e em nenhum momento falou em “continuidade” como fez Colbert ao sucedê-lo.
Mas para quem sempre pregou “a união do grupo”, e tinha um cuidado canino para não ferir as susceptibilidades de Ronaldo, a queixa de Colbert, nesse momento, soa como um tipo de pressão que interessa não só a ele, candidato a deputado no próximo ano, mas principalmente a ACM Neto que não está muito seguro quanto (talvez não ao apoio) mas, no mínimo, à intensidade do apoio de Zé Ronaldo à campanha dele no próximo ano.
A vitimização de Colbert prepara um desgaste ao Prefeito de Feira caso ele resolva cruzar os braços na campanha de ACM no próximo ano. O que não é difícil acontecer ou até mesmo mais do que isso a depender de muita coisa, inclusive da habilidade de Jerônimo.
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