Poeta, professor, ficcionista, ensaísta e artista plástico. Membro da Academia de Letras da Bahia.
Não Me Acharão Nunca
domingo, 30 de julho de 2023
por Antônio Brasileiro
Não me acharão nunca. Jamais terão a ideia de vir ao cemitério, conheço aquela gente. O morto é que anda zanzando por aqui uma ou outra noite, da primeira vez temi alguma coisa, agora me acostumei. Não parece aborrecido, até dá a impressão de que lhe fiz um benefício. Eu gostava de Moreira. Mas minha
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Poesia de Antônio Brasileiro – MARIA
terça-feira, 21 de fevereiro de 2023
por Antônio Brasileiro
Naquela casa de amplos corredores vivia a moça, Maria. Maria! Ó Maria! Gritavam Maria aflita Maria nunca chorava ou adoecia )Viera da roça.( Às vezes a encontravam a ler livros didáticos. Um dia se apaixonou. Não se apaixone, Maria! Noie alta fugiram. Naquela casa de amplos corredores Maria fazia falta.
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Poesia de Antônio Brasileiro
sexta-feira, 8 de abril de 2022
por Antônio Brasileiro
Tem dias que é impossível escrever um poema de amor. Dizemos aos pássaros loucos que é preciso voar mais alto. E os pássaros loucos voam ainda mais alto. O coração é bem simples, não sabe se chora ou ri. Acho que ri.
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Poesia de Antônio Brasileiro
segunda-feira, 7 de março de 2022
por Antônio Brasileiro
A LUZ QUE BRILHA NO LADO OCIDENTAL Estás a ver a luz intensa que brilha no lado ocidental. Será por acaso um buda nascendo? Um novo modelo de graal Ou só uma réstia da imensa cândida pomba nuclear?
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Poesia de Antonio Brasileiro
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
por Antônio Brasileiro
Não sou eu que ando errado. É o mundo, que não é mais meu. As coisas andam, vê-se. desnexadas. ) Os amigos também andam enluarados. Qual rio sem águas o mundo passa por eles ( As coisas, desnexadas, acasalam-se pelos becos. O que eu quero com isso? Não sei. E não sou eu que estou
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Poesia de Antonio Brasileiro
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
por Antônio Brasileiro
CÃES SOLTOS As coisas do mundo chegam tumultuam nossa casa tocam aquela cicatriz ainda não cicatrizada e revolvem um pó quieto não de todo aquietado /e acordamos na noite palpitantes, assustados; o homem são seus passados cães soltos.
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Poesia de Antônio Brasileiro
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
por Antônio Brasileiro
Bom é ser são. Não multidão. Ser singular . Como o mar. ) Ter razão lá! Mais nada. (
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Poesia de Antônio Brasileiro
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
por Antônio Brasileiro
Mais eufórico que metafórico, meu coração fosforeja. Digo:velho coração. Aquele, o que remoreja: “Amigo, nao vás fraquejar agora” E não fraqueja.
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Poesia de Antônio Brasileiro
domingo, 12 de dezembro de 2021
por Antônio Brasileiro
EU NÃO QUERIA SAIR DAQUI / Eu não queria sair daqui. Pelo menos esta noite eu não queria sair daqui. Positivamente não queria. O coração bate num compasso bom, o silêncio do vulto daquelas árvores é bom. Até o ronco distante de caminhões na estrada é bom. Fazem-me pensar que existo, porque tudo existe. Ou
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Infância – Poesia de Antônio Brasileiro
terça-feira, 12 de outubro de 2021
por Antônio Brasileiro
Ande eu ia a lua ia. Quando eu voltava me acompanhava. Onde ela andava quando eu dormia?