Quando o prefeito José Falcão da Silva mudou a feira-livre semanal do meio da praça principal da cidade para o Centro de Abastecimento em 1977, eu lancei o folheto de cordel “A feira de Feira de Santana já vai sair do meio da rua” e “profetizei” que muitos feirantes iam tentar voltar para os locais antigos, o que com o tempo se verificou.
No outro ano eu lancei outro folheto, encartado no jornal “Feira Hoje”, com o título: “A feira de Feira quer voltar pra praça”, o que praticamente se verificou até hoje.
Agora, a Prefeitura construiu em sociedade com o grupo Uai esse ‘Shopping Popular’ para retirar camelô e os barraqueiros das ruas.
Com este novo folheto “Shopping” do camelô, um negócio Chinaguay faço minhas especulações como poeta e feirense.
Parece que a coisa vai logo degringolar, pois o Ministério Público acaba de pedir a mudança dos lojistas do Feiraguay para o “Shopping” do Camelô, o chamado “Shopping” Popular, o que será melhor para o chinês.
Franklin Maxado é jornalista, advogado e cordelista nacionalmente conhecido. Na foto acima ele declama o cordel na praça da Feira do Livro de Feira de Santana (Flifs) que acontece até domingo.
Abaixo, uma sextilha do cordel que pode ser comprado até este domingo (29) na Feira do Livro (praça padre Ovídio) ou na banca de cordel do poeta Franklin Maxado no Mercado de Arte Popular (Map):
ALUGUEL DA LOJA É CARO
AMBULANTES ESTÃO GRITANDO
INDO ÀS RUAS COM CARTAZES
EM PIQUETES PROTESTANDO
DIZENDO SEREM ENGANADOS
SERÃO MAIS ENGABELADOS
COM ESSES PLANOS MUDANDO