
Não seja por ser hoje uma quarta-feira (eparrêi oyá!), que volto ao livro com a história da chegada dos capuchinhos em Feira de Santana e a construção daquela bela igreja, marco arquitetônico na cidade. “Frades Capuchinhos em Feira de Santana, Nas Dobras da História”, livro assinado por Lucila Ferreira de Pinho, Frei Monteiro e o engenheiro da obra, já falecido, João Carlos Marchesini.
É um livro religioso sem ser piegas. A foto do caminhão dos frades é apenas um exemplo da fartura de curiosidades e informações interessantes sobre a cidade e uma época, a década de 50 do século passado. No livro está registrada, por exemplo, a figura ímpar do paraibano Zé Campos, comerciante que fez nome, caridade e patrimônio na Feira de Santana, avô da minha amiga Rozana Gloria, Ró, que conheci dos tempos do curso de Letras da Uefs, (ela concluiu, eu não) hoje funcionária aposentada do Hospital Clériston Andrade. Zé Campos, o avô dela, acolheu os primeiros capuchinhos vindos para Feira de Santana naquele tempo. Zé era dono de terras nas imediações do saudoso Ponto do Zequinha e viaduto da João Durval.
A construção do templo, projetos, esboços, contatos e o trabalho braçal estão relatados no livro através de fotos, documentos e testemunhais de pessoas envolvidas com o episódio que movimentou a cidade daquele tempo. Uma curiosidade: no projeto original havia uma enorme torre para um sino…É um livro pra ser reeditado.