O bárbaro assassinato do médico acreano em Feira de Santana evidencia mais uma vez o que todos sabem mas, ao que parece, a maioria e os poderes públicos insistem (por medo e conveniência) em não ver: não é com ‘mais policiais, mais viaturas e mais armas’ que o Estado evita ou diminui a violência que cresce entre nós.
O número de homicídios em Feira de Santana no mês de abril mexeu, (menos do que devia) com setores da comunidade, entre eles o governo municipal.
O prefeito Colbert Filho, ao demonstrar preocupação o fez, no entanto, com um viés político repetitivo e sem eficácia, atribuindo ‘competências’ ao governo do estado, reforçando a ‘fake news’ de que aumento de violência é falta de policiamento.
A morte do médico e de tantas outras mortes, inclusive as praticadas descaradamente pela Polícia com os registros das ‘trocas de tiros’ que a imprensa policial de certa maneira aplaude e estimula, serve como uma lição para mudanças de paradigmas.
É esse o momento das instituições ligadas à não violência, como igrejas, associações, sindicatos,a imprensa, etc, levantarem um debate menos raso e sem oportunismo político.
Acho que a Arquidiocese de Feira tem moral para iniciar um processo desse.Fica a sugestão.
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Parabéns ao Jânio Rego pela lucidez do texto que exige de todos nós o debate público e honesto, evitando o partidarismo que só empobrece.
Em um país em que o governo corta verbas para a educação, não se pode esperar uma população versada nos princípios éticos e morais de uma sociedade organizada. Recomendo se instruam os professores a orientarem seus alunos nos seguintes livros: O Emílio da Educação de, Voltaire e De Pueris (dos meninos) de Erasmo de Rotherdam.
Obrigado