A Feira de Santana está vivendo o momento mais tranquilo em relação à pandemia da Covid-19 em 2021. Desde o dia oito de agosto que a média móvel de mortes suspeitas ou confirmadas da doença está em apenas um caso diário. São, portanto, 33 dias, um recorde no ano. Média semelhante só se verificou em fevereiro, em duas ocasiões, com 15 dias consecutivos na mais longa delas. Todas as informações são da Central de Informações de Registro Civil – CRC Nacional e podem ser acessadas no site <https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid>.
Mas, apesar do recuo, foram notificadas 19 mortes confirmadas ou sob suspeita por Covid-19 desde oito de agosto. No total, são 1.070 mortes já, num intervalo de aproximadamente 18 meses. Os números trazem alívio – e a esperança de que a doença, efetivamente, seja contida no médio prazo – mas é bom lembrar que a pandemia não acabou e que cuidados elementares como usar máscara e evitar aglomerações seguem essenciais.
Outra boa notícia é que, apesar do negacionismo no Planalto Central – a CPI da Pandemia levantou indícios de que houve “negocionismo” também – a vacinação avança, embora menos célere que o desejável para evitar tantas mortes. Dados da Prefeitura da Feira de Santana de quinta-feira (09) indicam que 395,2 mil pessoas receberam, pelo menos, uma das duas doses da vacina. Entre elas, 187,7 mil completaram o esquema – tomaram as duas doses – e 8,4 mil receberam a vacina de dose única.
Percentualmente, dois terços da população já receberam pelo menos a primeira dose e quase um terço completou o esquema. Especialistas observam que ainda falta muito para que a Covid-19 seja, efetivamente, controlada. Mas o avanço da vacinação já implica em expressiva redução de mortes, conforme os números atestam.
Só que, infelizmente, novos desafios começam a se colocar. É o caso, por exemplo, da aplicação da terceira dose na população idosa, cuja imunidade se reduz rapidamente, conforme indicam pesquisas. Cidades como São Paulo e Salvador já começaram a aplicação há dias. Vi que, na Feira de Santana, a vacinação começou na sexta-feira (10) em asilos e tomara que avance rápido. Há, também, o risco de novas variantes, como a Delta.
Por fim, é bom ressaltar que boa parte da população feirense segue usando máscaras em ambientes fechados e pelas ruas, sobretudo no centro da cidade. Sinal de que tem consciência da gravidade da pandemia e que tem apego à vida, contrariando a pregação dos alucinados que vociferam por aí. Só assim para que a doença seja, de fato, controlada. Mas tudo indica que alguns meses ainda serão necessários para que a ansiada normalidade comece a se firmar.
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