O Venerável havia acabado de se sentar na cadeira alcochoada do escritório da loja de materiais de construção quando o telefone tocou com a notícia de que haviam quebrado, outra vez, o olho da escultura. Porra! Era a terceira vez, e o Venerável tinha direito a explodir de raiva. Parece terrorismo pensou e ligou para o amigo Coronel, da reserva: “Comandante, o grau 30 me ligou dizendo que cometeram o delito mais uma vez contra nosso glorioso monumento”. O comandante, do outro lado, parecia estar rindo de outra coisa em torno e ele esperou um pouco para repetir a frase, finalmente entendida. Vou mandar abrir um inquérito para caçar esses comunistas e desligou na cara dele. A história não foi exatamente assim mas aconteceram as sequentes depredações do olho dessa escultura até que a inteligência policial descobriu que havia algo relacionado ao olho exatamente mas não à Maçonaria ou ao Venerável. Por que? O que o meliante tem contra um olho? Po que só quebra o olho? Quando estavam nessas interrogações, Grilo, o lavador-de-carro, gritou com alguém lá no estacionamento: olho gordo!
O Olho Gordo da Maçonaria
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