Monsenhor Galvão era gordo e havia o boato de que a gula o fazia colocar no bolso da batina doces e petiscos das recepções e festas a que comparecia como convidado ilustre que era. Na Casa Paroquial, ele refestelava-se. Apesar dessa bruma folclórica ao seu redor (haviam também o seu “passado cangaceiro” em Cícero Dantas e as suas, por vezes desconcertantes, opiniões e descobertas sobre a história da cidade…) o Vigário da Matriz tinha autoridade e influência na Feira. Embora diplomata, também confrontava o status quo: foi ele que à revelia de bispo, intelectuais e autoridades, colocou uma placa na lateral da Catedral Metropolitana de Senhora Santana, marcando o local onde teria sido sepultado os restos mortais de Lucas da Feira.
Últimos posts por Jânio Rêgo (exibir todos)