Sobre o título dessa nota, eu lembro que no jornalismo impresso no século passado, algum montador de off-set distraído, relapso ou escroto mesmo, deixasse cair o “L” do bLoquete e aí a merda estava feita na edição do outro dia….a não ser que algum gráfico, atento e alfabetizado, e isso acontecia, via o erro e não ligava a rotativa….hoje, qualquer lapso digital, podemos rapidamente corrigir e também pouca gente hoje está ligando se bOquete ou bLoquete pois importante é Lacrar….
Beco do Mocó e Beco da Energia, são os irmãos siameses da geografia da Feira antiga, filhos das ruas Conselheiro com a Marechal. O do Mocó é retilíneo, liga as duas artérias sisudas, é cheio de portas e manequins que se fecham e se guardam da noite. O da Energia tem a peculiaridade dele: há um comércio de serviços e entretenimento com moradoras proprietárias, aves noturnas e notívagas.
Tia Claudia cuidou de se inteirar do projeto de Requalificação do Centro antes mesmo das obras começarem na Marechal. São cinco as donas de casas no Beco da Energia e Tia Claudia fala por elas, apesar das divergências inevitáveis mas contornáveis. Quando tratou da Lei Aldir Blanc com o secretário Jairo Filho, ano passado, o movimento #obecoénosso, através dela, solicitou também a presença de Carlos Brito, secretário de Planejamento, numa reunião no próprio Beco e divulgada na imprensa local. Aquela conversa continuou e continua.
Um olhar diferenciado, carinhoso como foi o olhar de Punk, como é o de muitos artistas, é o que Tia Claudia pede para o Beco da Energia e convenceu a Prefeitura. Os “bloquetes tácteis intertravados ecologicamente auto sustentáveis” pela Marechal em breve chegarão aos Becos.
Devemos estar preparados para boas surpresas. Assim seja.
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