A Matinha é longeva. Gente nonagenária. As mulheres, principalmente. Dona Zalu, sambadeira da Quixabeira, por exemplo, morreu há poucos meses com 94 anos. E todas essas mulheres idosas da Matinha têm extensas descendências marcadamente femininas. Matriarcados? Não me arrisco nos conceitos, mas observo nesse tempo que moro por aqui, que as mulheres são uma presença muito decisiva nas familias, no comércio, na produção rural, lideranças espontâneas, em tudo na vida da Matinha tem a inteligência feminina protagonizando de alguma forma. Dia desses, numa roda de conversa, ali por perto da Ladeira de Santa, no fim de linha, ouvi referências emocionadas a três mulheres que foram as parteiras de algumas gerações da gente do lugar, presentes na história oral do distrito quilombola: Guilé, Lina e Agripina.
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