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‘Sem líderes, sem rumo, sem futuro’ (2), por Teomar Soledade

27.11.2019


‘Sem líderes, sem rumo, sem futuro’, por Teomar Soledade

Quando cursava o ginásio no Colégio Estadual de Feira de Santana, naquele belo prédio da Rua Direita, meados da década de 60, o professor de educação física chamava-se Sargento Aranha. Homem robusto, lutador em várias modalidades, fama de truculento, porém cordato, desde que não lhe pisassem os calos. Dizia-se que fora transferido para o Tiro de Guerra em Feira em razão da falta de atenção de um oficial que não observou este pormenor e, por conseguinte, passou alguns dias convalescendo em hospital.

Vez por outra, além dos exercícios com halteres de madeira que nós “companhia” apresentávamos em desfile pelas ruas da cidade, o militar formava seleção de futebol para disputar partidas contra outras equipes “inimigas”. Outros colégios, seleções de cidades etc. Para formar a equipe, o primeiro nome escolhido, já com as devidas orientações, era o meu – Soledade!! Você, meu filho, fica aí do lado do campo observando o inimigo. Qualquer movimento suspeito me avisa.

A relação com o sargento era de muita consideração. Ele não abria mão da minha participação como olheiro. Como se aquela atuação fosse muito importante para os resultados dos jogos. Nunca percebi movimentos suspeitos, a menos de um torcedor de time adversário que levou um bode para a lateral do campo, retirado após ameaça do sargento – com seu inseparável facão de 30’’ – de transformá-lo em churrasco. A minha experiência como X-9 foi deveras insossa. De minha parte tinha convicção de que, como futebolista, era autêntico perna de pau, capaz de perder gol feito. Conhecendo minhas limitações procurei ajudar o time dos colegas de duas formas: ficando fora de campo e evitando sabotagens.

Eliana Calmon

O presidente Bolsonaro deveria ter essa sabedoria/humildade. Ele é reconhecido como pessoa limitada intelectualmente. A Presidência da República é função que exige formação que ele não tem. A maioria absoluta das pessoas que o elegeu não o fez por suas qualidades – que, aliás, diminuem com o passar do tempo – mas pelos defeitos dos seus opositores. Esses, sim, tornam-se cada dia mais numerosos e inquestionáveis. Bolsonaro é inseguro, muito influenciável, desastrado, atrabiliário, confuso e de pouco pensar. Cumpriu com louvor seu papel de tirar o país das garras dos apátridas venais. A sensatez sugeria que ele formasse gabinete de notáveis e, tão somente, cobrasse a concretização de suas promessas de campanha: emprego, saúde, educação, segurança e reforma do Estado. Para nossa desdita meteu os pés pelas mãos, danou as relações com outros protagonistas, internos e externos, sendo hoje fonte de instabilidade política e econômica. Como desgraça complementar acumpliciou-se com os filhos, que, além de boquirrotos, desarrozoados e inconfiáveis, são suspeitos de malfeitos. Bolsonaro é um dos principais responsáveis por esta balbúrdia na qual o Brasil se encontra. Desemprego, estagnação econômica, crise de confiança, falta de credibilidade. Precisamos urgentemente de líderes civis comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país. Eles devem fazer aquele papel decisivo do Sargento Aranha: assumir a responsabilidade de escalar o time e deixar à margem do campo quem atrapalha. Seja por falta de habilidade, competência, má-fé ou por pretensão estúpida. Uma receita válida para os chefes dos três poderes.

Janaina Paschoal

Pais e mães de famílias não podem continuar desempregados porque deputados e senadores não trabalham cinco dias por semana; porque barganham benefícios pessoais como condição para discutir e votar as reformas que o país tanto precisa; porque priorizam seus interesses mais mesquinhos, por vezes desonestos. O ministro Sérgio Moro – uma das reservas morais que ainda restam – deveria deixar o governo e comandar cruzada cívica Brasil afora, Norte, Sul, Leste, Oeste, ladeado por brasileiros e brasileiras comprometidos com o povo, Janaina Paschoal, Eliana Calmon, Modesto Carvalhosa, Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães, Flávio Arns e muitos outros. Deveriam conclamar a população e exigir as mudanças políticas, sociais e econômicas que não podem continuar postergadas, justamente pelos que ganham altíssimos salários pagos pontualmente. O Brasil não tem tempo a perder. Nosso futuro como nação está em jogo agora.

Sérgio Moro

Pensemos juntos:

  • A média salarial no Brasil é de R$ 2.340,00. Na região Nordeste, é menor que dois mil reais. Como medida provisória poderia ser estabelecido o teto de R$ 23.400,00 para pagamento em moeda corrente dos salários de servidores federais, estaduais e municipais. O restante, quando fosse o caso, seria pago com título/ bônus do Tesouro Nacional negociáveis, resgatáveis após dois anos com juros e correção monetária desde que o país tivesse crescido mais de 5% no ano anterior – taxa necessária para autossustentabilidade segundo alguns economistas. Assim estaríamos todos lutando e torcendo pelo crescimento do Brasil.
  • Somente com o item Dívida – rolagem (22,4%) e juros (11,2%) – nós, contribuintes , gastamos um terço do Produto Interno Bruto, mais de 1 trilhão e 100 bilhões de reais. Imaginemos alguém que gasta demasiado com o aluguel da casa onde mora, mas, ao mesmo tempo, é locador de muitas outras pequenas propriedades que rendem pouco. A solução óbvia é vender os imóveis pela melhor oferta e adquirir a casa de moradia para se ver livre do aluguel. A União, Estados e Municípios têm muitos imóveis sublocados, por vezes abandonados. A Dívida pode ser abatida, com essas transações imobiliárias, realizadas pública e honestamente. Em Feira, o Exército tem uma área praticamente dentro da cidade. Ela poderia ser permutada por outra muito maior, estrategicamente localizada na zona rural do município com grande compensação financeira. Entrementes, parte da área atual poderia permanecer propriedade do Exército para replicar aqui uma unidade do IME, Instituto Militar de Engenharia, faculdade técnica de alto nível. Ganharíamos todos.

Oriovisto Guimarães

  • Um dos maiores navios cargueiros do mundo, o dinamarquês Maersk Triple E, viaja com somente 13 tripulantes. Esta é a média para os grandes navios de carga, seca ou petroleiros. Oficiais e marinheiros não têm interesses substanciais nas operações dos navios além dos seus próprios salários. O governo bateu cabeça, gastou dinheiro, envolveu universidades, Marinha, Exército, grande número de voluntários e até hoje não descobriu o navio responsável pela catástrofe, pelo crime. Acusou companhias, anunciou a solução, desmentiu se em seguida. Coisa de gente incompetente. O Executivo, através de uma de suas agências, poderia ter oferecido recompensa de 1 milhão de dólares aos que – anonimamente ou não – apresentassem provas que levassem aos autores do atentado. Em 48 horas saberíamos tudo a respeito. Conversei com um amigo sobre a proposta e ele só discordou em um ponto. Na sua opinião, 500 mil dólares bastariam. É isso! Quem assistiu a filmes de faroeste sabe que caçar bandidos envolve “Reward”, como dizem os gringos.

Continua na próxima semana.

Prof. Teomar Soledade Júnior.

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27.11.2019
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Coletânea ‘O Belo Contemporâeno’ tem novo lançamento em Salvador na quinta-feira

25.11.2019


Ao entardecer da próxima quinta-feira (28), no Museu Carlos Costa Pinto, em Salvador, será lançada a coletânea O Belo Contemporâneo: Corpo, Moda e Arte, organizada pela professora e pesquisadora, Renata Pitombo Cidreira, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O evento celebra os 10 anos de existência do grupo de pesquisa Corpo e Cultura da Universidade, coordenado por ela e cadastrado no CNPq.

O livro procura apreender novas concepções de beleza, tendo o corpo vestido ou a composição da aparência como elemento norteador das discussões. Reúne 12 artigos distribuídos em três grandes eixos temáticos: Criações visuais; Pluralidades corporais e Aparências midiatizadas, além da introdução do professor Monclar Valverde, do IHAC/UFBA.  

Tema de especulações filosóficas, o belo tem sido associado ao sentimento de prazer, e a tudo que nos provoca uma certa surpresa.  E é justamente essa surpresa que se vislumbra no corpo, na arte e na moda, e nos entrelaçamentos entre esses três âmbitos expressivos, observa a Renata Pitombo.

Bem recebido pelo público, o livro conta com lançamentos sucessivos:  Porto Alegre, no 15º Colóquio de Moda, realizado na Unisinos; Salvador, no Encontro de Cultura (ENECULT): Cachoeira, durante o VI Seminário Corpo, Moda e Performance, na UFRB. E em Feira de Santana, foi apresentado na FLIFS, a Feira do Livro.

A capa é uma releitura do famoso quadro de 1665, do artista holandês Johannes Wermeer, “Moça com brinco de pérola”, considerado uma das obras primas da humanidade. A modelo é uma das pesquisadoras do grupo, a mestranda Fernanda Barbosa. O trabalho fotográfico traz a assinatura do fotógrafo e designer gráfico, Leto Carvalho, realizado no jardim do museu Carlos Costa Pinto, não por acaso o local escolhido para o lançamento do livro.

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25.11.2019
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Colbert propõe agência de desenvolvimento para substituir o CIS

25.11.2019


Uma agência de desenvolvimento regional ou metropolitana, com a participação de todas as esferas de governo, em parceria com as empresas e entidades representativas do setor privado. Esta é uma proposta do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, para “preencher o vácuo que ficou com a extinção do Centro Industrial do Subaé”. Mais uma  vez, o chefe do Executivo Municipal criticou o fim da autarquia e alertou para a “ameaça de danos econômicos muito fortes na região”.

Ele lançou a sugestão durante evento de inauguração da nova sede do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), ocorrido na quinta-feira, 21. Segundo o prefeito da maior cidade do interior da Bahia, este é um caminho para a retomada da atração de investimentos empresariais, no meio industrial, proporcionando uma maior capacidade regional de geração de empregos.

O setor industrial  é um dos mais importantes da cadeia produtiva na economia feirense. “A indústria representa 22% do Produto Interno Bruto do município, sendo responsável por gerar mais de 30 mil empregos, em um universo de cerca de 1.500 unidades fabris, dos mais diversos segmentos, neste município”, acrescentou o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico de Feira de Santana, Antonio Carlos Borges Júnior, também presente à inauguração.

O prefeito parabenizou a diretoria do Centro das Indústrias  e pediu “esforço conjunto” entre a entidade e o poder público municipal para “pensar  juntos um novo modelo, na busca de soluções efetivas junto ao Governo do Estado”. O objetivo, assinala o gestor, é levar os municípios vizinhos a lutar, juntos, “contra um modus operandi estabelecido, com a extinção do CIS, que dificulta, e muito, a atração de indústrias  e investimentos para este segmento estratégico da economia regional”.

A  nova sede do Centro das Indústrias de Feira de Santana é localizada  na avenida Noide Cerqueira. A inauguração do prédio contou  com a presença de Antonio Alban,  presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia; Andre Régis, presidente do CIFS; João Batista Ferreira, presidente do Conselho do CIFS, e de várias autoridades municipais das mais diversas áreas.

Dirigentes do CIFS apoiam proposta e estão preocupados com manutenção e investimentos 

O presidente do Centro das Indústrias, André Regis, considera interessante a proposta do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, de criação de uma Agência de Desenvolvimento Regional como alternativa ao fim do Centro Industrial do Subaé. “É preciso que a ideia seja levada adiante”, defende.

Régis adverte para a situação preocupante do parque industrial feirense, que se encontra sem manutenção de sua área física, desde que o Estado encerrou as atividades do CIS. “Temos um núcleo sem serviços de limpeza e de recuperação de ruas. Isto afasta investidores que desejam implantar empresas aqui e inibe a quem pretende ampliar suas unidades”.

O valor arrecadado com a taxa de manutenção do polo industrial local está parado, informa o presidente do CIFS. “Esse recurso é depositado no Funedic (um fundo estadual para gerir os núcleos industriais sob a responsabilidade do Estado), que só pode aplicar em Feira, o que é receita do nosso parque. Com essa indefinição, não vem sendo aplicado”.

Para o presidente do Conselho do CIFS, João Batista Ferreira, o prefeito Colbert está demonstrando “a coragem necessária” para o enfrentamento do quadro. “A sua proposta é muito bem colocada. Esperamos que tenha desdobramentos e resultados”.

Fonte: Secretaria de Comunicação/Feira de Santana

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25.11.2019
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‘Sem líderes, sem rumo, sem futuro’, por Teomar Soledade

22.11.2019


Acordei terça-feira, semana passada, com a obrigação de escrever algumas palavras para nossos alunos do 3º ano do Ensino Médio que formariam na quinta. Por força de hábito deveria discorrer sobre o momento atual e augurar sucesso e boas realizações nas suas vidas acadêmica e profissional. Alvíssaras! Recebi via WhatsApp o poema Sinto Vergonha de Mim, da poetisa Cleide Canton, paulista de Assis. Ao final ela introduziu um pequeno texto de discurso de Rui Barbosa (1849-1923), proferido no Senado da República em 1914, há mais de cem anos, intitulado Vergonha. Os textos de Cleide e Rui eram declamados por Rolando Boldrin, um ícone do brasileirismo. Se por um lado me emocionei ao ouvir/ler textos tão inspiradores, caí em prostração ao perceber que um século depois, os brasileiros, continuamos os mesmos. Afundados na corrupção, na desídia, na ausência de futuro.

Fugi do poema de Cleide/Rui, mas não deixei de recomendá-lo aos alunos. Resolvi, então, contar história de vidas de duas Marias – Marie Curie e Maria Rita Lopes – exemplos de determinação, perseverança, trabalho focado e, sobretudo, liderança. Queria acentuar essa habilidade tão essencial ao trabalho de equipe e à boa convivência social. Em todos os cantos do mundo, povos, nações, grupos humanos, países, cidades passam por momentos de crise, de dificuldades naturais ou sociais e, de alguma forma, por força de lideranças proativas, conseguem avançar para soluções que, às vezes provisórias, possibilitam o início de processos evolutivos. Personalidades como Winston Churchill, Abraam Lincoln, Mahatma Ghandi, Charles de Gaule, David Ben-Gurion, Ho Chi Minh, Mikhail Gorbachev, Martin Luther King, Ruhollah Khomeini, Vladimir Lenin, Nelson Mandela, Papa João Paulo II, Ronald Reagan, Franklin Delano Roosevelt, Margaret Thatcher, Mao Zedong, Louis Armstrong, The Beatles, Marlon Brando, Coco Chanel, Charlie Chaplin,

Rui Barbosa

Le Corbusier, Bob Dylan, T.S. Eliot, James Joyce, Pablo Picasso, Frank Sinatra, Steven Spielberg, Igor Stravinsky, Oprah Winfrey, Walt Disney, Henry Ford, Bill Gates, Akio Morita, Francis Crick and James Watson, Albert Einstein, Enrico Fermi, Alexander Fleming, Sigmund Freud, Robert Goddard, John Maynard Keynes and Jean Piaget, Alan Turing, Muhammad Ali, Diana, Princess of Wales, Anne Frank, Billy Graham, Kennedy, Bruce Lee, Charles Lindbergh, Marilyn Monroe, Madre Teresa, Pelé, Andrei Sakharov formam uma constelação de astros de primeira grandeza no universo das celebridades. Neste rol, temos cientistas, artistas, políticos, arquitetos, escritores, líderes religiosos; americanos franceses, ingleses, chineses, alemães, russos e, por fim, um futebolista brasileiro. Essa é a triste constatação: Um país tão rico culturalmente, formado por várias etnias com costumes e visões do mundo tão diversas, quase não tem representantes no conjunto de pessoas que contribuíram notoriamente para mudá-lo de alguma forma.

Cleide Canton

A verdade é que nossas elites, políticas, intelectuais, econômicas são parvas. Eventualmente destaca-se um ou outro elemento que é tragado de volta à mediocridade ao embevecer-se com os elogios fáceis da patota amiga, ignara ou então sucumbe aos vitupérios dos invejosos que não suportam o sucesso alheio. É isso! A boa semente que consegue germinar, crescer morre na primeira florada, confinada ao pântano da parvoíce que habitamos. O Brasil não tem um único prêmio Nobel em qualquer área, seja científica, econômica, social ou literária. Quando em vez, algum futebolista é alçado ao rol de celebridades, mas, não tarda muito, desminlingue-se como figura pública, em razão da falta de educação básica.

Maria Rita Lopes

Nossos políticos são verdadeiras lástimas. A última dúzia de Presidentes da República, incluindo aqueles do regime militar, formam um rol de asnos, beócios, desonestos, inconsequentes, estúpidos, motivos para chacotas, zombarias, chistes e desconsiderações de todos os tipos. Fazemos troça de todos eles. Com isso, rimos de nós mesmos. Esse hábito indulgente que temos de nos deliciarmos com o próprio infortúnio. Havia um quadro em programa humorístico na televisão – Primo Rico e Primo Pobre – com os saudosos Brandão Filho e Paulo Gracindo, que sintetizava muito bem esta situação de autocomiseração.

Marie Curie

O ministro da Educação acaba de anunciar que seremos os últimos colocados, na América Latina, no exame internacional PISA realizado pela OCDE, uma organização da qual fazem parte os países mais desenvolvidos do mundo e que desejamos tanto pertencer. Por enquanto somos simples observadores que devem ficar do lado de fora aprendendo como fazem e vivem os educados. Essa mesma organização enviou para o Brasil representantes credenciados para verificarem a lambança realizada pelo presidente do STF, um analfabeto jurídico, consagrado por duas reprovações em concursos públicos, que destruiu com uma só medida o sistema de controle financeiro internacional implantado aqui no país, com objetivo de evitar fraudes e lavagem de dinheiro. A comissão voltou para Europa estarrecida e a cotação do dólar subiu cravando recorde desde a criação do real. A dejeção foi tão feia e malcheirosa que vassouras, rodos, baldes e desinfetantes serão insuficientes para restaurar a limpeza, a credibilidade. A analogia é proposital e necessária. A ignorância quando se alia à má-fé provoca estragos irreparáveis, dizia minha avó Emília. Esse personagem tem, para nossa infelicidade, formado quarteto malévolo com outros presidentes tão ignominiosos quanto ele próprio. Enquanto um engaveta qualquer iniciativa que vise à moralização da vida pública, pois isso não se coaduna com seus princípios, o terceiro faz aprovar, na calada da noite, medidas que atentam contra o bolso e a integridade física do contribuinte. O quarto e último, porém não menos danoso, mudou seu slogan de campanha tão logo foi eleito. Agora o lema é: “Meus filhos acima de todos. Eu acima de tudo!” No início do mandato já é candidato à reeleição. Desgraças! Mal afastamos uma, estamos a imaginar como sair de outra e uma terceira se afigura e nos assombra. É a danação eterna! Desconfio que sofremos do mal que William Shakespeare (1564-1616) descreveu em Otelo, o Mouro de Veneza: “Não chore sobre desgraças passadas, pois é a maneira mais segura de atrair outras!” O Brasil, os brasileiros precisamos virar definitivamente estas tristes páginas recorrentes que vivemos.

http://blogdafeira.com.br/home/wp-content/uploads/2019/11/VID-20191121-WA0028.mp4

Continua na próxima semana.

Prof. Teomar Soledade Júnior

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22.11.2019
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A peleja da imprensa em Cachoeira pela abolição da escravidão, por André Pomponet

20.11.2019


por André Pomponet*

“José Theodoro Pamponet offerece seus serviços ao abolicionismo d’esta comarca. Os ‘escravisados’ que se julgarem com direito à sua liberdade, quer por effeito da lei de 7 de novembro de 1831, quer por outra lei, podem procurá-lo n’esta cidade, no escriptorio d’este Jornal”.  

A oferta está nas páginas d’O Asteróide, “orgam da propaganda abolicionista”, conforme grafia da época. Saiu na edição de 6 de dezembro de 1887, às vésperas da abolição formal da escravidão, que ocorreu no ano seguinte. A sede da publicação era na vizinha cidade de Cachoeira.   

O “redactor” de O Asteróide era o próprio José Theodoro Pamponet. Navegando pela Internet descubro que, anos antes, em 1871, ele se aventurara na Guerra do Paraguai. Contra os defensores da escravidão, o arrojado redator não poupou adjetivos. Inclusive contra os poderosos do Recôncavo, quando celebrou a alforria concedida pelo proprietário Affonso Pedreira de Cirqueira a um grupo de escravos: 

“Sirva essa acção honrosa de luz ao ‘feudalismo’ engenhocrata de Iguape e Santo Amaro, que tanta inovação tem feito ao senhor de Cotegipe para não extinguir esse cancro horrível – a escravidão”. 

Adiante, na mesma publicação, sobrou também para os clérigos. À época, nem todos os religiosos estavam convencidos dos horrores da escravidão. José Theodoro Pamponet fustigava-os: 

“Quem é contra a liberdade é contra Jesus, os padres que têm escravos são por certo contra Jesus”. Os torpedos não se encerraram aí: “Tem concorrido abundantemente os padres para o aniquilamento (os padres que possuem escravos) dos costumes sociaes e dos princípios de caridade”. 

Naqueles tempos a escravidão estertorava. E arrefecia não só em função da pressão dos abolicionistas. É que manter escravos já não era vantajoso, sobretudo na lucrativa cafeicultura, que se espalhou por São Paulo e Paraná a partir do sul do Rio de Janeiro. Nenhum pudor moral impulsionava os barões do café: era mais negócio contratar mão-de-obra livre que empatar capital na aquisição e manutenção de escravos.  

Nas regiões cujas economias eram menos dinâmicas, como o Recôncavo, a resistência à abolição era maior. É o que atestam as páginas d’O Asteróide. No ano seguinte veio a libertação formal dos escravos, mas a inclusão social da população negra e parda segue como um desafio até os dias atuais, mesmo com os avanços tímidos registrados nos últimos anos, como o sistema de cotas nas universidades públicas. 

Mas mesmo esses avanços tímidos estão ameaçados pelos trogloditas alçados ao Planalto Central. É o que atestam declarações e, sobretudo, práticas abomináveis como destruir um cartaz em plena Câmara dos Deputados. 

*André Pomponet é jornalista

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20.11.2019
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Poker baiano eleva status competitivo e se torna referência no Nordeste

19.11.2019


Pablo Brito da Silva, uma das referências do poker baiano.

Nos últimos anos, o poker brasileiro alcançou elevado patamar internacional. São vários os motivos – como o próprio mérito dos atletas – mas isso se deu muito em razão do desenvolvimento do esporte em várias regiões do país. Segundo dados estatísticos fornecidos pela CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold’em), são pouco mais de 7 milhões de praticantes no Brasil e a expectativa é que o país tenha 10 milhões de jogadores até 2022.

Seguindo uma tendência nacional, o poker baiano se organizou nos últimos anos e elevou seu status competitivo com grandes jogadores para se tornar referência no Nordeste. O Estado está na rota do BSOP (Campeonato Brasileiro de Poker) há mais de uma década e disputa o CBPE (Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes) anualmente.

BSOP Salvador 2019

Em abril deste ano, Salvador sediou pela quarta vez na história uma etapa campeonato brasileiro — as anteriores foram realizadas na capital baiana em 2008, 2009 e 2010.

Depois de nove anos sem receber uma etapa principal circuito nacional o povo baiano pôde acompanhar de perto alguns dos melhores da América Latina e apoiou em peso o evento, que teve ótima repercussão na mídia.

De todas as etapas do calendário do BSOP em 2019, Salvador foi a única cidade representante do Nordeste. Isso mostra a força do poker do baiano não só na região como um todo, mas também na comunidade nacional do poker disputado em alto nível.

Vale destacar que por pouco a festa baiana não ficou completa. No evento principal, o baiano Sérgio Nascimento terminou na segunda colocação — atrás apenas do paulista Guilherme Trevisan, um dos líderes do ranking geral do campeonato brasileiro na atual temporada.

Participação da Bahia no CBPE 2019

Representada pelo treinador Sérgio Nascimento e pelos jogadores Gabriel Bonfim, Ciro Gomes, Juninho Calazans, Leandro Shymansk e Marcele Brito, seleção baiana encarou os principais nomes do poker brasileiro no CBPE 2019.

Realizado desde 2013, o CBPE foi criado pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em com o intuito de reunir todas as regiões do país em forma único de competição composto por times, revelando novas caras para o poker nacional e consolidando nomes conhecidos de grande parte do público.

A edição de 2019 foi realizada no WTC Sheraton (São Paulo) e contou com a participação de 20 Estados. Apesar de ter formado um grande time, o time baiano não conseguiu ficar entre os primeiros colocados e viu a seleção goiana conquistar o troféu de campeão pela primeira em vez em sua história.

Jogadores baianos com destaque no poker nacional

No esporte baiano, há três jogadores que estão entre os melhores da América Latina: Ariel Bahia, Gabriel Bonfim e Pablo Brito Silva.

Jogador consagrado, Ariel tem uma carreira muito sólida e está entre os melhores da América Latina há quase uma década. Além disso, seus números falam por si só.

Ariel Bahia em torneio ao vivo

No esporte das cartas, um dos rankings de maior respaldo é o Global Poker Index (GPI). Ele divide os torneios em diferentes pesos para avaliar os jogadores em competições ao vivo, sendo que naturalmente os torneios mais importantes são os mais valiosos em níveis de pontuação.

No ranking de 2019 da GPI, Ariel aparece como o segundo melhor brasileiro na temporada. Além disso, no ranking geral nacional, que leva em conta os últimos cinco anos, o baiano está na oitava colocação.

Ariel também manda muito bem no cenário online e já chegou a estar entre os 27 melhores do mundo nessa modalidade. No entanto, seu foco nos últimos anos são torneios ao vivo, pois ele tem o objetivo de se tornar o primeiro brasileiro na história a vencer o ranking da GPI.

Já na esfera internacional o baiano já competiu em vários países, como Espanha, Malta, Itália, Inglaterra, Bahamas, Irlanda, Panamá, Estados Unidos, Argentina, entre outros.

Gabriel Bonfim, por sua vez, é um jogador jovem e que vem colhendo os frutos pelo seu alto nível dedicação ao esporte. Ele é presença marcante em dois circuitos nacionais de peso, o BSOP e o KSOP.

Em fevereiro deste ano, no BSOP Iguazu, ele conquistou o bicampeonato do 6-Handed, um dos torneios dos mais técnicos desse circuito.

“Eu gosto muito desse tipo de torneio, é a estrutura que eu gosto. É um torneio bem técnico, você olha na reta e só tem regulares bons”, disse Gabriel em entrevista ao site SuperPoker.

Nos feltros online, a bola da vez no Nordeste Pablo Brito Silva. Conhecido como “pabritz” nos torneios, ele é um dos jogadores mais sólidos do mundo quando o assunto é poker online.

4º melhor jogador do Brasil atualmente e 40º no ranking mundial, de acordo com o site PocketFives (conteúdo em língua inglesa), o baiano faz uma grande temporada em 2019 e se consolida na prateleira de cima do poker online. Ainda segundo o PocketFives, o baiano já faturou US$ 4.8 milhões em premiação somente em toda sua carreira online.

O sucesso de Pablo não vem de tempos recentes. Em 2012, por exemplo, ele foi convocado para representar o Brasil no Americas Cup of Poker — torneio realizado na Bahamas que contou com estrelas do poker continental.

Pablo em disputa ao vivo

Mesmo sendo especialista em torneios online, Pablo aparece no ranking da GPI (só leva em conta torneios ao vivo) entre os 90 melhores brasileiros na atual temporada, feito que poucos conseguem atingir nas duas frentes.

Em janeiro deste ano, por exemplo, Pablo disputou um torneio ao vivo a nível mundial nas Bahamas e terminou sua participação no evento no grupo dos melhores brasileiros colocados.

Futuro do poker baiano

Com presença marcante no cenário nacional e já consolidado no poker nordestino como referência, o esporte das cartas na Bahia caminha a passos largos para se tornar no futuro uma das principais potências do poker brasileiro e latino-americano.

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19.11.2019
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