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André Pomponet
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Antonio Rosevaldo

Jolivaldo Freitas

Laila Geovana Beirão

O Salto

Quando chegou ao alto do monte, sobre as pedras, resfolegava. Uma cabra berrava, diminuta, num capinzal verdejante no sopé do monte, na periferia de Itaberaba. Alguns sujeitos corriam atrás de uma bola de couro, num campo de barro, dezenas de metros abaixo. Um caminhão engendrava manobras difíceis na estrada estreita, barrenta, lá embaixo. Mais distantes,

Um cara polêmico

Antes mesmo de lançar meu livro – que é uma biografia romanceada – sobre a história de um velho coronel ele já causou discórdia, discussão e querelas. Isso para ver como o homem também conseguia polarizar quem estava em seu entorno. E nem morto deixa de incomodar. O coronel, que na verdade era capitão do

Sem arestas

O  vereador Lulinha da Conceição  esperava o fluxo para atravessar a Getúlio Vargas até a calçada da Prefeitura quando lhe gritei, ele me esperou. Vai ter audiência com o Prefeito? Ele está aí? não sei, também não sei, o papo começou mais ou menos assim, debaixo de um daqueles oitis do estacionamento. As cigarras ainda
As fake news são perigos tão iminentes que alcançam todos os lugares, até mesmo aqueles que achamos ser paradisíacos e distantes de toda essa maldade. Na ilha de Boipeba, o novo alvo dessa onda de desonestidade é o bar e restaurante Casinha Latina, do jornalista e ativista Gilvan Reis. O estabelecimento tem movimentado há alguns

Silêncio na Carceragem

A carceragem era úmida, suja, escura, pegajosa. Exalava o cheiro horroroso de gente confinada. E ali era apenas a antessala, as celas ficavam lá para dentro. Até lembrava o ambiente de uma repartição pública: a escrivaninha do carcereiro, antigos fichários que acumulavam papel inútil, armários inteiriços que abrigavam uma infinidade de produtos de furto. Os

Pedra

– E aí, rapaz? Lembra de mim? Hesitou um instante: aquela barba crespa, esbranquiçada, as rugas disseminadas em torno dos olhos, a pele crestada pelo sol, tudo embaralhava as lembranças. O fio de memória que se insinuava não dissipou as incertezas. Aguardou. – É Alex. Lembra que eu e Claudinho te defendíamos quando Júnior tentava
Vistas do corredor das modernas instalações do SESC/Feira as ruínas do antigo Hospital Dom Pedro de Alcântara parecem um quadro emoldurado na sala de luxo de rica  família baiana. A estética da deterioração. Serve aos olhos dos convivas de festa do anfitrião de muitos eventos, espaços e ambientes. Artistas passam sorridentes pelo corredor em busca

Prosa amena porque é sexta-feira

Até pensei em fazê-lo, mas julguei prudente não chatear os leitores com mais uma análise sobre o primeiro turno das eleições. Muita gente capacitada já o fez ou vai fazendo a conta-gotas, à medida que as informações são sistematizadas. Imagino também que não falta quem já tenha se aperreado com tantas análises e com o

A teia, a mosca e a dúvida

Praça da Matriz. No interior. Cidade miúda. A igreja imponente, suas duas torres, o sino silencioso no cimo, no meio da tarde silenciosa de inverno. Em torno, o casario baixo, desbotado, acanhados portais em arco, insinuando patrimônio histórico. Chilreio de pardais. E quietude. Densa, mas frágil, instável. Umas nuvens graúdas – cumulus – esbranquiçadas, acinzentadas,

Dez anos da morte de Noratinho da Pamonha

Neste mês de outubro completa dez anos  da morte (2012) de Noratinho da Pamonha (Honorato Alves). figura popular de Feira de Santana que ficou conhecido não apenas por vender pamonhas quentinhas pelas ruas do centro mas pela maneira como propagava sua mercadoria utilizando  pregões que ele criou para incentivar crianças e adultos a comprar a pamoinha de
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